28/11/2007

Mais na cara do que nariz


Sempre que o mercado entra em reboliço por uma novidade qualquer, é de praxe que todo mundo queira logo entrar na moda e usar tudo o que aparece de novo. Principalmente no mercado publicitário, onde os auto-entitulados criativos precisam sempre aparecer com novidades. Com a web 2.0 não é diferente. Por mais que ela seja apenas um conceito, e tudo o que está aparecendo de novidade, na verdade, já era uma tendência há algum tempo, é agora que ela está, de fato, ganhando visibilidade e tomando forma. As suas possibilidades de aplicação parecem ser infinitas, o que faz brilhar os olhos de quem faz propaganda como os de uma criança numa mega loja de brinquedos. Mas ainda são poucos os exemplos de empreitadas bem sucedidas nesse novo mundo.
Muito do que se vê por aí ainda é publicidade 1.0 dentro da web 2.0. Idéias antigas com nova roupagem. O que de uma forma ou de outra já seria esperado, pois demora um tempo até tudo se adequar às novas regras estabelecidas. E é nesse período de transição que devemos ficar atentos e assimilar aquilo que funciona e deixar de lado o que não serve (é importante também que apenas se deixe de lado, e não jogue fora, pois sabe deus se um dia vai ser útil).

A IBM realizou recentemente uma pesquisa que descobriu o que parece ser até óbvio demais: as pessoas não gostam de assistir publicidade longa antes de vídeos online (Meu deus!!! Perderam quanto tempo até chegar a essa conclusão?) . Segundo o estudo, os internautas toleram no máximo 10 segundos de propaganda antes dos vídeos, acima disso chega a ser mais até mais irritante do que em outros formatos.
Isso tudo tem uma explicação simples, o internauta, quando navega na rede, teoricamente tem o poder de selecionar aquilo que lhe interessa, e se ele arbitariamente escolheu assistir a um determinado vídeo, é aquilo que ele quer ver, e não um comercial. Nesse caso, isso fica muito mais explícito do que em outras mídias convencionais. Assistindo televisão, por exemplo, é muito mais fácil "engolir" os comerciais, pois a posição do telespectador é bem mais passiva do que do internauta.
O que o mercado publicitário aos poucos está aprendendo é que, na internet, só tem visibilidade de verdade quem gera conteúdo, e conteúdo interessante. Isso sempre foi válido para todas as mídias, mas só agora é que está recebendo a devida atenção.

Fonte: Publicidade na Web

Um comentário:

Anônimo disse...

nossa, mas q interessante!